Corruptos a solta em Angola

Angola melhorou o combate à corrupção, fixando-se no 121.º lugar no Índice de Perceção da Corrupção, alcançando 33 pontos numa escala que vai dos zero aos 100, segundo um relatório divulgado esta terça-feira, 30.

Segundo a edição deste ano do Índice de Perceção da Corrupção (CPI, na sigla em inglês), elaborado pela organização não-governamental Transparência Internacional, em termos estatísticos, Angola melhorou 14 pontos desde 2019, fixando-se no 121.º lugar entre 180 países e territórios e, na região da África subsaariana, no 21.º entre os 49 países considerados.

O relatório destaca que Angola adotou medidas anticorrupção, que aplicou “de forma consistente” para recuperar bens roubados e responsabilizar abertamente os alegados autores através dos sistemas judiciais nacionais.

Entretanto, o jurista angolano Manuel Cornélio, entende que “o processo do combate a corrupção ainda é levado a miúde”, citando nomes como “de Joel Leonardo, Edeltrudes Costa e o Ministro da Energia e Água” disse Cornélio.

Já o jurista Manuel Cangundo explica que não existe qualquer processo de combate a corrupção em Angola, senão meros actos de perseguição: “Senão vejamos, boa parte deles para não falar da grande maioria estão ai a solta, para não falar do presidente João Lourenço, o próprio presidente João Loureço é um agente da corrupção e só teremos combate a corrupção quando o presidente justificar as origens dos seus bens” disse.

O CPI foi criado pela Transparência Internacional em 1995 e é, desde então, uma referência na análise do fenómeno da corrupção, a partir da percepção de especialistas e executivos de negócios sobre os níveis de corrupção no setor público.

Trata-se de um índice composto, ou seja, resulta da combinação de fontes de análise de corrupção desenvolvidas por outras organizações independentes, e classifica de zero (percepcionado como muito corrupto) a 100 pontos (muito transparente) 180 países e territórios.

Em 2012, a organização reviu a metodologia usada para construir o índice, de forma a permitir a comparação das pontuações de um ano para o seguinte.

O Decreto

 

 

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