Kamalata Numa acusa João Lourenço de mandar atacar caravana de deputados da UNITA

A guerra em Angola, que iniciou em 1975, foi obra do MPLA com ataques aos parceiros do Acordo de Alvor. Durou anos, destruiu vidas, infraestrutura política, económica, social e cultural. Institucionalizou o crime, a corrupção, os “marimbondos” e a incompetência governativa.

Hoje, o MPLA, assustado com a onda da alternância democrática, numa altura de divisões profundas no seu seio e da impossibilidade de João Manuel Gonçalves Lourenço candidatar-se à Presidente do MPLA e como consequência de candidatar-se a Presidente da República em 2027, arquitetou-se o seguinte:

1° – Criar artifícios políticos com a criação de duas Províncias-feudo para buscar 10 Deputados em 2027.

2° – Criar condições políticas de instabilidade no espaço do Kuito Kuanavale, para tal Província-feudo ou a razão para não realização de Eleições Gerais em 2027.

É nesta perspectiva que se circunscreve a operação do ataque a caravana de Deputados do Grupo Parlamentar da UNITA.

A operação foi bem coordenada desde a concentração de efectivos idos do Huambo e Bié que se juntaram aos do Kwando Kubango, ao modelo da operação, a escolha do local do ataque, a informação sobre a composição da coluna de Deputados, a hora de partida do Menongue e de chegada ao local.

A conivência de instituições públicas é evidente. Ela, parte da hostilização dos Deputados com a não recepção pelas autoridades locais, o agendamento da actividade parlamentar pela Assembleia Nacional na semana consagrada à deputação, o atentado contra o carro do Deputado Américo Chivukuvuku no Huambo e a desinformação que está a ser feita pelas estruturas governamentais nacionais e locais, assim como a comunicação social pública, por si só dizem tudo.

Contra esta situação é necessário estruturar uma resposta à altura das circunstâncias, olhando para o povo angolano, para as instituições internacionais, já que as nacionais estão capturadas pelo Senhor João Lourenço.

Não dar o que João Lourenço e o MPLA querem é estratégico. Agir dentro da lei é fundamental e criar um amplo movimento de soberania democrática que confronta a arbitrariedade é a finalidade desejável.

General Abilio Kamalata Numa

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