SIC desmente rapto de quatro membros da mesma família

O Serviço de Investigação Criminal negou esta quinta-feira, 25, em Luanda, ter raptado e feito refém quatro membros da mesma família, que acusaram efectivos do SIC de terem agido a mando do empresário e proprietário do Grupo ‘”Sunrise Investment’”, cidadão chinês Jack Huang, mais conhecido por “Lin”, detentor do centro comercial “Shopping Kikolo’”, localizado no município do Cazenga, na capital do país.

Na sua reacção, o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC), superintendente-chefe de investigação criminal, Manuel Halaiwa, esclareceu que se trata de uma detenção normal e que os três irmãos estão a ser acusados de vandalismo e roubo de oito folhas de chapas de zinco: “Na verdade, não foi um sequestro, nem tampouco qualquer acto ilegal, foi uma detenção, porquanto estes três indivíduos, por sinal, membros da mesma família, trata-se aqui de três cidadãos nacionais todos residentes na rua do Beco 7, no bairro Compão”, explicou.

Segundo Manuel Halaiwa, os membros da mesma família foram detidos pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) do Cazenga, por intermédio da Brigada Operativa adstrita à Esquadra Policial de Kawelele, cuja detenção aconteceu no dia 14 de Março de 2024.

“Pesa sobre eles algumas infrações penais, estamos a falar do vandalismo e também em concurso real com o roubo de oito folhas de chapa de zinco da vedação das obras do Kikolo Shopping”, avançou o porta-voz do SIC, para quem “houve aí uma apreensão de oito folhas de chapa de zinco encontradas em posse dos arguidos, que foram na verdade acusados do roubo dessas chapas”.

Manuel Halaiwa diz que o empresário chinês, dono do Shopping Kikolo, tal como qualquer cidadão, teria apresentado uma queixa e por isso as autoridades tiveram de atuar.

Conforme noticiado, O Decreto contatou o empresário chinês, mas sem sucesso. Entretanto, o director de asseguramento do Shopping Kikolo, Bráulio Bravo, minimizou as acusações uma vez que, disse, as supostas sevícias não se registaram nas suas instalações.

Quem também limpou as mãos é a administração municipal do Cazenga. Contactado por este portal, o responsável do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa, esclareceu que “quando eles começaram as negociações não se interessaram em saber que existe uma administração que devia intermediar o assunto”, salientou.

Recorda-se que, tudo começou quando várias famílias decidiram negar a proposta do empresário e proprietário do Grupo ‘’Sunrise Investment’’, o chinês Jack Huang, também conhecido por “Lin”, que pretendia pagar um a três milhões de kwanzas, por cada moradia para a expansão das instalações.

O Decreto

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *