CPJ pede às autoridades angolanas que deixem os jornalistas trabalhar em liberdade

O Comité de Protecção dos Jornalistas (CPJ) reagiu à detenção na quarta-feira, 17, do correspondente da VOA em Luanda quando cobria uma manifestação por organizações da sociedade civil para pedir a correção de irregularidades no processo eleitoral em curso em Angola.

Aquela organização de defesa dos jornalistas, com sede em Nova Iorque, instou as autoridades angolanas a permitirem aos profissionais da imprensa fazer o seu trabalho livremente.

“As autoridades devem assegurar que os membros da imprensa possam informar livremente sem correr o risco de agentes da polícia excessivamente zelosos tentarem censurar o que o público pode ver e ouvir através dos media”, afirmou a coordenadora do programa para a África do CPJ.

Angela Quintal lembrou na nota publicada no site da organização que “uma referência de uma eleição livre e justa é a capacidade da imprensa de a cobrir sem assédio ou violência” e alertou que a detenção de jornalistas e a tentativa de controlar como e sobre o que eles reportam é uma forma segura de fazer isso descarrilar”.

O correspondente da VOA, Coque Mukuta, foi detido pela polícia que o manteve durante três horas dentro de um carro.

Ele foi, entretanto, interrogado pelo oficial Bernardo João Tito que, depois de ligar a um superior, deu ordem de soltura, sem que lhe fosse retirado qualquer material.

Hoje, em Benguela, o presidente do MPLA, João Lourenço, chamou de “lúmpens” e “bandidos” aos organizadores da marcha pela transparência.

O Decreto