Taxistas defendem 500 Kzs à corrida após retirada dos cartões de combustível

O Presidente da República, João Lourenço, decretou até ao dia 30 de abril deste ano, a retirada dos subsídios, que eram entregues com base em cartões para manter a tarifa de táxis. Com esta medida, os taxistas defendem a subida da corrida para 500 kzs. O líder da principal associação de taxistas do país, avalia à medida como bastante impopular.

Bruno Lisboa da Rosa, de 38 anos de idade, pai de 6 filhos, profissional de táxi há oito anos, considera o táxi uma actividade positiva, embora tenha sido inicialmente um trabalho ocasional.

“O futuro não é permanecer no táxi. De momento, como já não há oportunidade de fazer outra coisa, estamos aqui a nos remediar no mundo do táxi, mas, tão logo apareça uma outra oportunidade, vamos dar espaço aos nossos jovens e nós podemos, assim, procurar fazer outra actividade”, disse Lisboa que defende a subida da corrida para 300 kzs, caso, se mantivesse os subsídios nos cartões.

“Com a retirada dos cartões e com a subida do combustível, que nessa altura não compensa, a rota deve subir para 500 kwanzas”, realçou Bruno Lisboa da Rosa, que lamenta igualmente o mau estado das estradas, citando como exemplo “a Via Expresso (Fidel de Castro), há várias escavações próximas à BET, Viana Calumbo e à Estrada Sérgio Luther Rescova”.

A maior associação da classe, ANATA, já se pronunciou sobre a retirada dos subsídios aos combustíveis entregues através de cartões aos mototaxistas e taxistas.

O presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), Francisco Paciente, que controla cerca de 18 mil filhados, reconhece que mesmo recebendo os subsídios nos cartões entregues pelas autoridades, alguns dos seus colegas praticavam vias curtas, mas diz que a medida tomada pelo Presidente da República, João Lourenço, não se justifica.

“Nós recebemos esta comunicação por via das redes sociais na tarde de ontem, e eu, enquanto responsável da maior associação dos taxistas, acho que é mais uma das medidas impopulares das várias que o executivo tem estado a tomar nos últimos anos”, resaaltou.

Paciente diz que os cartões de subsídios também não eram eficazes: “mas de qualquer forma esperávamos melhorar o ambiente da emissão e dos carregamentos. E relação à retirada da subvenção é um assunto que acaba por prejudicar a população angolana”, disse.

Segundo o responsável da ANATA, “é uma medida que a partida é muito mal-vista para nós enquanto o taxistas, mas acreditamos que o executivo tomou porque tem algum fundamento”, sublinhou.

De acordo com os dados, cerca de 40 mil veículos exercem actividade de táxi, em Luanda, destes, apenas 28 mil estão legalizados, dos quais 18 mil controlados pela Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA) e três mil pela Associação dos Taxistas de Luanda (ATL).

O Decreto

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