Eugénio Laborinho acusado de aliciar activista Tanaice Neutro

O activista angolano Gilson da Silva Moreira, mais conhecido por “Tanaice Neutro”, colocado em liberdade há mais de duas semanas pela justiça angolana, denunciou na segunda-feira, 10, várias tentativas de aliciamento por parte do ministro do Interior, Eugénio César Laborinho, com a finalidade silenciar a sua luta contra o regime no poder.

Em entrevista ao portal O Decreto, após a conferência de imprensa, Tanice Neutro disse que a primeira tentativa foi feita por uma comitiva supostamente delegada pelo titular do MININT, na penitenciária de Viana.

“As visitas começaram em Viana, antes das Eleições Gerais. Eles disseram que, como está se aproximando o pleito eleitoral, então peça o que quiseres e nós te daremos”, contou o jovem. Segundo o activista, respondeu aos supostos emissários de Eugénio Laborinho que, o que ele pediria o grupo não teria capacidade para dar, mas que eles, de acordo com o Tanaice, garantiram que estavam em condições de disponibilizar o que o mesmo pedisse.

“Eu disse-lhes que, o que eu quero é que o MPLA e o Presidente João Lourenço abandonem o poder, mas eles disseram que a conversa não essa”, salientou.

A outra tentativa do ministro do Interior foi testemunhada pelo antigo ministro dos Transportes, Augusto Tomás e o major Pedro Lussaty, onde o responsável do Ministério do Interior teria garantido levar o activista até ao Palácio Presidencial da Cidade Alta, para pessoalmente falar com o Presidente da República, João Lourenço, coso contrário seria levado a julgamento.

 Disse que negou ir ao Palácio, argumentando que “a única conversa é o Presidente trabalhar bem em prol dos angolanos; e quando ele trabalhar não farei vídeos a criticar o PR”.

Tanaice Neutro diss também que só vai pedir desculpas públicas ao Presidente da República, João Lourenço, caso este peça desculpas aos angolanos sobre “incumprimentos das promessas eleitorais”. “Ele prometeu 500 mil empregos e nada foi feito, prometeu transformar Benguela em Califórnia, também nada foi feito”, salientou.

O Decreto tentou o contacto com Eugénio César Laborinho mas sem sucesso

O Decreto

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